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André Lamoglia e tudo sobre sua nova fase profissional

Construindo uma carreira sólida, André Lamoglia está conquistando um público fiel. Contando com uma lista extensa de trabalhos, ele iniciou sua carreira no Tablado em 2014 e já no seguinte participou do espetáculo Cinderela. Pouco tempo depois, conquistou seu primeiro trabalho na televisão, em 2016, interpretando Rafa Smor, protagonista de Juacas, sucesso da Disney Channel. Ainda no mesmo ano, fez uma participação na novela Rock Story, exibida pela Rede Globo, e já em 2017 participou das séries DPA, do canal Gloob, Um Contra Todos, da Fox, e Segredos de Justiça, da Globo, em que viveu Tomaz, filho da personagem Andrea Pachá (Glória Pires).

André deu grandes passos quando se dedicou integralmente aos estudos de inglês e acting em Los Angeles, Califórnia, meses depois foi escalado para viver papel de destaque em Eu Sou Mais Eu, filme vencedor do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2020, na categoria “Voto Popular”. Ainda em 2018, o artista voltou a filmar a segunda temporada da série Juacas. A série do Disney Channel, exibida em 2019, foi indicada ao Emmy Internacional no ano seguinte, na categoria “Kids”, e rendeu ao  ator a indicação aos Meus Prêmios Nick como “Artista de TV masculino”.

Emendando um trabalho no outro, André foi convidado a viver Luan em “Disney Bia”, série exibida em mais 40 países pela América Latina e Europa, vencedora na Categoria “Programa de TV Favorito” no Meus Prêmios Nick 2020, indicada ao Kids’ Choice Awards 2020, no México, e que teve seu primeiro álbum indicado aos Prêmios Garde.

Integrando a seu trabalho propósitos pessoais André foi escolhido para representar a Disney na campanha global da Nat Geo Run, da National Geographic. O projeto, realizado em Buenos Aires, Argentina, buscava disseminar atitudes sustentáveis. Agora em mais um passo em sua carreira André fará parte do elenco de Elite na quinta temporada.

Entrevistamos o promissor ator e perguntamos tudo sobre projetos futuros, sustentabilidade e claro como foi o processo para fazer parte da quinta temporada de Elite:
Revista L’Officiel: Sua carreira começou nos tablados como o co-protagonista no espetáculo “Cinderela”, que contou com texto do saudoso ator, dramaturgo e crítico de cinema, José Wilker. Quais lições você carrega do teatro para a atuação nas telas?

André Lamoglia: Acredito que a vivência nos palcos é impagável, a começar pelas aulas que temos de improviso, em classes de teatro, já que ali tudo é ao vivo  e, dessa forma, é preciso estar preparado para qualquer surpresa. Outra particularidade que vale destacar e acrescenta em várias outras áreas é o contato direto com o público, a possibilidade de ter reações instantâneas de quem assiste e tentar não se desconcentrar, são muitas as diferenças pra TV, streaming, todos tem lados especiais, tanto que, se eu pudesse, circularia entre TV, Teatro, Cinema, e ia revezando! rs

Sair do Teatro e ir pra TV, por exemplo, te desafia a ter gestos menores, no teatro tudo é grande, a impostação de voz alta, as reações precisam ser mais expansivas de forma geral, já nas telas não, as sutilezas são mais facilmente captadas, então é outra linguagem, como se ligasse uma outra chavinha. O que é adequado num meio, nem sempre é o ideal no outro, e por aí vai! E saber circular entre diferentes formatos, traz uma versatilidade que, na minha visão, apenas engrandece. Mesmo com todas as diferenças entre as plataformas, o aprendizado que os palcos te trazem é algo meio visceral porque é ao vivo, sem cortes, sem ter como voltar,  não tem a cena que “não está valendo”, aquela é a hora. E isso é muito bom quando você chega em gravações e encara toda cena como se fosse sua única oportunidade, mesmo que, na realidade, você possa vir a refazê-la várias vezes. 

L’Off: Seu trabalho com a Disney te rendeu muitos personagens que roubaram a atenção do público teen. Como você vê a sua influência sob uma nova geração?

André: Vejo com muita responsabilidade e encaro também como um privilégio, todos nós temos referências, inspirações, e saber que têm pessoas que me vêem com esse olhar, faz com que eu tente dividir o máximo possível tudo que considero urgente, necessário… Como numa corrente de informações relevantes num mundo com também tanta desinformação. Tento também incentivar que quem me acompanha, sempre pesquise tudo que vê por aí, não apenas leia e tome com verdade absoluta, procure veículos de credibilidade, e leia muitas versões sobre um mesmo assunto. Enfim, acho que as redes sociais, por exemplo, pelo menos no meu caso, é lugar também de mostrar um pouco quem a gente é, e falando da minha personalidade não poderia faltar uma certa irreverência, um jeito brincalhão, etc. Mas que ao mesmo tempo  pode, sem uma coisa eliminar ou deslegitimar outra, espalhar alertas sobre o que está acontecendo à nossa volta, tentando contribuir, minimamente para que aquele espaço seja leve e de diversão, mas que existam também stories falando o que é necessário, pautas coletivas. 

L’Off: Você foi escolhido para representar a Disney na campanha global da Nat Geo Run, da National Geographic, que busca disseminar atitudes sustentáveis, gerando consciência sobre o impacto ambiental de diversas atividades humanas. Como você aplica essas mudanças no seu dia a dia? Possui algum projeto futuro em relação a esses temas?

André: Preservação do meio ambiente e impacto ambiental sempre foram pautas que considero imprescindíveis de serem comentadas, é onde a gente vive, não podemos cuidar “de qualquer jeito” da nossa casa, e com o aumento do possível alcance da minha voz, e visibilidade, tento que essas mensagens cheguem a um maior número de pessoas. Desde criança, eu que cresci e vivi a maior parte da minha vida no Rio de Janeiro, fui ensinado a, por exemplo, não apenas a recolher meu lixo quando saísse da praia, mas também a recolher o que eu encontrasse por perto. Me voluntariava também a participar de mutirões de limpeza. Quem às vezes joga plástico na areia, deixa o palito do sorvete, bituca de cigarro e por aí vai, certamente também deve se sensibilizar quando vê imagens com tartarugas encontradas sufocadas, machucadas, mas na hora que deixa o lixo lá não pensa na real consequência dos seus atos, então, é preciso falar, e repetir, o quanto for necessário, sobre o que parece evidente. Não dá pra minimizar mais o tamanho do problema de cada um não fazer o mínimo.
Ignorar questões ambientais influencia no aquecimento global, no ar que respiramos, em absolutamente tudo.

Tenho o sonho de conseguir viabilizar um projeto, que por enquanto está apenas no papel, que ofereça várias atividades pra crianças e adolescentes, algumas envolvem iniciativas que gerem conscientização ambiental. E isso aqui na minha cidade natal, Rio de Janeiro. Gostei muito do que vi quando participei do Nat Geo Run, e adoraria poder contribuir aqui onde nasci e cresci trazendo uma ideia semelhante.
Sobre o como aplico algumas mudanças no dia dia, vou compartilhar aqui atitudes fáceis de ser incorporadas por todos:

Usar sacolas reutilizáveis e evitar usar as de plástico, separar o lixo orgânico do reciclável, quando for comprar objetos e roupas, dar preferência a marcas que estejam fazendo um movimento na direção de um pensamento mais sustentável. Na medida do possível, carregar sua própria garrafinha de metal ao invés de usar vários descartáveis, e por aí vai!

L’Off: A sua carreira está se estabelecendo fora do país e falar uma língua estrangeira demanda muito aprendizado. Teve algum receio no início dessa jornada?

André: Receio não, eu me jogo de cabeça (rs) e não tive dúvidas de que deveria agarrar essas oportunidades que apareceram. Esse é meu segundo trabalho gravado inteiramente em espanhol, o primeiro foi “Disney Bia”, e no primeiro trabalho não tão tranquilo no começo, não! rs Foi muita ralação pra conseguir em curto tempo passar do espanhol que até então eu tive contato apenas na escola, pra fluência necessária numa série gravada na Argentina, então eu caí de cabeça num intensivo, de horas por dia, e a vivência na Argentina também ajudou muito, já que eu tinha contato com a língua no dia a dia também, com o tempo, foi virando algo super natural. E agora no novo trabalho, em Elite, dessa vez na Espanha, já era algo que eu estava bastante familiarizado, o desafio nesse caso foi apenas o sotaque madrilenho, que é bem diferente do argentino, as gírias também.

L’Off: A série Elite vem ganhando cada vez mais fãs no mundo todo. Como foi ser chamado para fazer parte do elenco de Elite? Já conheceu todos os seus colegas de elenco?

André: Meu material foi enviado pelo meu empresário pro produtor de elenco, em seguida fiz meu primeiro teste com um texto já antigo da série, depois alguns outros testes, e um tempinho depois veio a grande notícia! Cheguei a fazer uma reunião com um dos produtores via streaming aqui do Brasil mesmo (e ele da Espanha).

Não só conheci meus colegas de elenco como já gravamos a quinta temporada, morei em Madri de Fevereiro a Julho desse ano, retornei recentemente! Fui super bem acolhido por todos e rapidamente viramos amigos!

L’Off: Seus últimos papéis foram para um público mais jovem. Como está sua transição para um personagem mais adulto?

André: Fazer personagens seguidos tão diferentes, e em trabalhos tão opostos, acho que é o sonho de grande parte dos atores, poder colocar nossa versatilidade à prova! Fico imensamente feliz e honrado de ter conseguido a oportunidade de ser testado num personagem totalmente distante daquele que estava no ar anteriormente, e de que essa aposta deu certo considerando que fui aprovado. São linguagens totalmente diversas também, já que Disney Bia é uma série jovem, e Elite tem classificação etária, mas vejo como uma forma ótima de, não apenas mostrar meu trabalho a nível mundial, mas também já com uma transição tão brusca. 

Considerando preparação, a cada trabalho, a gente vai ganhando estofo e ferramentas claro, no entanto, quando você vai construir uma nova persona, a ideia é exatamente começar do zero, então essa transição acabou sendo como acontece pra qualquer novo personagem, do zero, tentando que seja construído de fato, alguém que até então estava apenas no papel, e que ali começa a ganhar vida. Claro que a personagem já vem muito bem traçada num bom roteiro, que é o que aconteceu em todos trabalhos que fiz até hoje, então quando me refiro do zero tem mais a ver com trejeitos, jeito de falar, tudo que case com aquela pessoa muito bem criada pelos autores, e tentando ser fiel ao que eles visualizaram.

O artigo André Lamoglia e tudo sobre sua nova fase profissional foi publicado pelo L'Officiel Brasil.

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