Por que você estudou Belas Artes, isso foi algo que sempre quis fazer?
Bem, eu não escolhi, foi algo natural para mim. As pessoas são boas em certas coisas e eu sou boa em fazer coisas manuais. Eu não sei, desde criança isso sempre foi claro… só no colegial que eu sofri uma certa pressão, porque eu tinha boas notas e eles me pressionaram para eu ser médica ou um advogada – mas fora isso, meus pais sabiam e nunca tentaram mudar, eles assumiram que era uma coisa natural para mim. Eu não era boa nas coisas, não era como “uau, você desenha muito bem!” ou “como você pinta bem!”, mas eu sabia que queria ser artista.
Depois de Belas Artes você estudou Direção de Arte e Produção Artística. Com essas áreas de estudo, quais são os projetos que você quer fazer no futuro?
Eu gostaria de trabalhar como Diretora de Arte. Amo os projetos em que tenho que levar as coisas do abstrato para o figurativo, é o que eu faço de melhor. Pessoas com perfis como de Design Gráfico são muito racionais, tudo tem que ser perfeito. Eu estou mais na vibe de fazer o que vier à minha mente, mais emocionais, que transmitam algo, que sejam abstratas – Arte tem isso, te dá outro ponto de vista sobre tudo.
Qual sua relação com tênis no geral?
Eu sempre usei tênis, desde que eu era muito pequena. Tem um que usei quando criança, que sempre me lembro dele, da Polly Pocket – tenho eles guardados na minha memória, inclusive acho que foram os primeiros que tive. Não sou o tipo de menina que sai carregando uma bolsa, sabe? Sempre quis estar confortável, é por isso que eu sempre usava tênis, eu sempre fui assim.
Só não gosto quando as pessoas compram tênis só para ter. Acho que se você comprar algo que vale tanto dinheiro, tem que ser útil, eu não compro e guardo, como se tivesse em um museu – não sou colecionadora. Posso gostar muito, mas eu não vou gastar €200 se não vou colocar eles no pé.
Quando e como começou a sua relação com tênis?
Acho que foi na faculdade. É a época que você começa a ter seu próprio estilo, a ter mais maturidade e saber mais como escolher as coisas. Eu já sabia que roupas eu gostava, ouvia minha mãe dizendo “Parece uma barata toda de preto” – porque eu estava me vestindo de preto de novo, mas cores sempre te influenciam na hora de se vestir e preto é sempre a melhor opção. Além disso, quando você fica mais velho, você começa a comprar coisas mais caras, porque você está ganhando mais dinheiro e começa a comprar as coisas que você quer, e não o que você pode, o que é uma diferença muito grande.
Por que você tem uma coleção de Nike Air tão grande?
Quando você gasta mais de 100 euros em um tênis, tem que pensar que está pelo menos investindo em tecnologia.
Qual é a sua relação com esse Nike Air Zoom Spiridon?
Eu tive que ir atrás desses tênis – já os outros que tenho não foi muito difícil achar. Eu queria sneakers pretos para variar, porque eu estava sempre com meus 95’s – que são os melhores tênis que eu tenho, são os que mais duram, os mais robustos. E foi tipo, eu gosto tanto deles que eles precisam descansar um pouco. Então comprei esse Spiridon reflexivo para intercalar, perfeito porque tenho uma obsessão com a luz – tenho um background em vídeos, projeções e instalações, e quando eu vi a parte reflexiva dele no sol, me apaixonei. Mas todas as vezes que ia comprar, nunca tinha meu tamanho, até um dia que foi como “agora ou nunca” e comprei.
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