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A jornada criada por torcedoras e jogadoras para mulheres no futebol

Um dos assuntos mais comentados nessa Copa do Mundo é a questão dos direitos das mulheres no cotidiano do país sede, o Catar. Esse tópico cria muita reflexão quando pensamos na relação feminina com o futebol e em que termos essa relação está hoje. Será que realmente avançamos nessas questões?

No Catar, a presença feminina nos estádios não é proibida, mas é bem incomum. Inclusive, muitas mulheres catarianas tiveram a oportunidade de assistir a um jogo pela primeira vez neste ano, durante a Copa.

Em outros países do Oriente Médio, a situação é mais rígida: Na Arabia Saudita a ida de mulheres aos estádios era estritamente proibida até 2018. Sob risco de prisão, algumas mulheres até tentavam ir escondidas e, após a revogação dessa lei, a torcida do futebol se tornou mais acessível para todos.

Já no Irã, onde tem sido tomado por protestos que pedem por direitos humanos básicos as mulheres, a entrada delas nos estádios é proibida até hoje. Muitas mulheres iranianas passaram pela experiência de estar em um estádio pela primeira vez durante a Copa no Catar.

Mas, olhando para outros países onde os direitos femininos foram conquistados há mais tempo, a história continua sendo de muita luta até hoje, com o machismo ainda velado.

Enquanto a primeira Copa do Mundo Masculina aconteceu em 1930, a primeira edição feminina do mesmo campeonato veio a acontecer apenas em 1991. Sediada pela China, a Copa feminina teve a participação de 12 seleções, incluindo a dos Estados Unidos que levou o troféu para casa.

Já no Brasil, as mulheres eram proibidas de praticar qualquer esporte que fosse “incompatível com as condições de sua natureza” – incluindo o futebol -, segundo artigo 54 do Decreto-lei 3199, de abril de 1941, época em que Getúlio Vargas governava.

A lei foi abolida em 1979, mas o machismo sempre se manteve presente no futebol, principalmente nos estádios, com assédios e muitas situações desagradáveis para as mulheres. Em 2020, o movimento “Elas no estádio” buscava conscientizar os homens sobre o tratamento injusto em cima das torcedoras.

Na Europa, o cenário não é diferente. Segundo pesquisa de 2021 da Football Supporters’ Association (FSA), uma em cada cinco mulheres já sofreu com assédio em partidas de futebol da Inglaterra.

Mesmo no século XXI, temos que implorar por direitos humanos básicos e respeito em ambientes ainda predominantemente masculinos. Que a jornada para termos espaços mais confortáveis para nós seja constante e coletiva!

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