Fashion Revolution Brasil: o que é e porquê é interessante acompanhar

Você já ouviu falar sobre o Fashion Revolution Brasil? Esse evento foi idealizado por um dos maiores movimentos ativistas de moda do mundo, o Fashion Revolution. Cujo o objetivo principal é reimaginar, de forma coletiva, um sistema de moda justo e igualitário, tanto para o planeta, quanto para as pessoas que produzem nossas roupas. 

O evento começou ontem, (18), com várias ações digitais e presenciais, e se estenderá até dia 24 de abril. A cada ano o Fashion Revolution Brasil aborda um tema diferente, e para 2022 o tópico escolhido foi “Dinheiro, Moda e Poder”. Ele se baseia no conhecimento de que “a indústria da moda convencional depende da exploração do trabalho e dos recursos naturais” e de que “a riqueza e o poder estão concentrados nas mãos de poucos, ao passo que o crescimento e o lucro são visados acima de tudo”. 

Se você se interessou pela premissa do evento e quer conhecer um pouco mais sobre, abaixo te contamos o que você precisa saber, e porquê é interessante ficar por dentro dele:

O ano de 2013 foi marcado pela tragédia envolvendo o Rana Plaza, em Dhaka, capital de Bangladesh. Quando o prédio que abrigava várias confecções de roupas, que produziam para marcas conhecidas no mundo todo, desabou, deixando inúmeras vítimas e muitas pessoas incapacitadas de voltarem a trabalhar algum dia.

Esse acidente abalou o mundo todo e mudou a história da moda. Além de abrir os olhos de muitos para as condições de trabalho degradantes e análogas à escravidão, marcados pelas violações dos direitos humanos.

Após o ocorrido, as designers Carry Somers e Orsola de Castro, se uniram, dando início ao movimento global Fashion Revolution. Visando conscientizar mundialmente as pessoas, para que desastres como o do Rana Plaza, nunca mais voltem a acontecer.

Para as fundadoras, a moda é uma força a ser considerada, já que ela tem a capacidade de provocar, conduzir, cativar e inspirar, e deve ser usada para o bem. Dito isso, o projeto se espalhou pelo mundo e atualmente está presente em mais de 100 países, inclusive no Brasil, onde chegou em 2014, sob a direção de Fernanda Simon, se tornando um instituto, no ano de 2018.

A semana Fashion Revolution está entrando no seu 9° ano, e a cada evento fica cada vez mais claro a necessidade de falarmos sobre as desigualdades que permeiam a indústria da moda. Seja em relação ao excesso da produção de itens que podem ser descartados facilmente — gerando um acúmulo quase irreversível de lixo têxtil —, ou pela falta de visibilidade para com as pessoas que verdadeiramente produzem cada peça de roupa. 

O movimento que, justamente, se iniciou com a pergunta “quem fez minhas roupas”, se intensifica durante todo o mês de abril, e “convida pessoas e marcas a participarem desse debate sobre uma nova moda”, de acordo com a comunicação oficial do evento. No entanto, essa pergunta não é o fim, mas sim, o começo, afinal, é preciso ir além e indagar: como foram feitas e a partir de quais insumos, sob quais condições, onde e o porquê?

Este ano, o foco da Fashion Revolution Brasil também está direcionado à necessidade de articular ações e questionamentos sobre o racismo dentro do universo da moda. Por isso, a hashtag #ACorDeQuemFezMinhasRoupas, também está sendo usada. E ela é de extrema importância, já que é preciso transparência e a promoção de uma cultura interna que favoreça a diversidade racial.

A programação varia para cada estado e cidade. Para acompanhar tudo, entre no site do Fashion Revolution Brasil, role a página até encontrar o mapa e selecione o seu estado. Lá você encontrará os eventos disponíveis em sua localidade e poderá escolher qual deseja participar. Aqui você encontra a programação completa e demais informações. 

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O artigo Fashion Revolution Brasil: o que é e porquê é interessante acompanhar foi publicado pelo Steal The Look.

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