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O universo poético de Thom Browne

O universo transgressor de Thom Browne está ligado ao exercício incessante de desconstruir a perfeição da alfaiataria sem abrir mão totalmente de sua rigidez ao mesmo tempo que, vez por outra, mergulhe em espartilhos e volumes. Nesta temporada, o designer norte-americano ousou desafiar a si mesmo.  O mote inicial foi mostrar como as roupas norte-americanas se tornaram mais livres e fáceis de usar com o tempo. E, também, ressaltar que, nesse processo, é dele a grande contribuição de mudar a maneira como os homens se vestem.

Na passarela, esses objetivos, bem práticos, ganharam, como de costume, narrativa poética e metafórica que nos levam ao passado enquanto reforçam um presente que se divide entre anseio e receio em relação ao desejo por liberdade depois de tanto tempo dentro de casa. Talvez tenha sido justamente essa sensação que levou Browne aos shapes minimalistas e coloridos da segunda metade do desfile.
Formas em A muitas vezes sobrepostas à silhueta reta reforçam esse titubear diante de uma realidade incerta, assim como os vestidos com manga única costurada ao corpo. Acostumado a desfilar em Paris, o designer também mudou os planos, ao optar pela NYFW, para apoiar o parceiro Andrew Bolton, curador da exposição “In America: A Lexicon of Fashion” que abre dia 18 no MET. No fundo, o designer reforça que razão não deve vir separada da emoção. 

O artigo O universo poético de Thom Browne foi publicado pelo L'Officiel Brasil.

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