Conheça os três pilares da harmonização facial

Unir diversas técnicas para obter um resultado mais completo e duradouro é o caminho que a dermatologia estética está trilhando. Resultados parciais que deixam a desejar não são mais sucesso. Fazer uma harmonização e ao mesmo tempo tratar a pele, as rugas de expressão, a sustentação com resultados muito mais naturais, sem ficar apenas refém de seringas de preenchedores é o futuro da beleza!

Para falar sobre isso convidamos a médica dermatologista Roberta Zaffari Townsend, da Clínica RZTdermatologia, que nos revela os segredos de uma boa harmonização facial e as novidades que vêm por aí…
Quais são as principais queixas que podem ser resolvidas com a harmonização facial?

Através do uso de ácido hialurônico conseguimos devolver estruturas anatômicas perdidas com o processo do envelhecimento. Como o avançar da idade perdemos osso e gordura facial, fazendo com que venhamos a sentir uma sensação de que o rosto está “derretendo”. Com a aplicação deste gel, mimetizamos estes tecidos devolvendo sustentação ao rosto, com um resultado de lifting imediato. Além disto, podemos “desenhar” ângulos e linhas que o rosto não tem, como um processo artístico mesmo, com projeção de  lábios, correção da pontado nariz, melhorar o aspecto das olheiras, etc. 

 

Quais são os pontos que devem ser levados em conta na hora de traçar um plano de harmonização?

O principal é jamais tirar a identidade do paciente. Quando vou iniciar um processo de harmonização levo em conta a idade do meu paciente, sua profissão, estilo de vida. Tudo tem que se encaixar perfeitamente. Tenho pacientes que são políticos e não podem “congelar” demais a face com “botox” por exemplo. Isso faz com que percam a credibilidade nas suas falas. Já as influenciadoras e blogueiras, que estão sempre com o rosto em evidência nas redes sociais, precisam de processos sutis e em etapas, pois os seguidores percebem qualquer mudança. Um dos segredos é que procedimento não deve ser muito evidente aos olhos de quem o vê. Mesmo usando diferentes soluções, o bom resultado é quando o paciente fica com ar de descanso, de rejuvenescimento, mas sem ressaltar as partes tratadas. 
Quais os principais produtos que são usados no processo? 

Eu abordo o processo de “harmonização” em três pilares básicos e avaliando o rosto em suas principais camadas. Do profundo para o superficial vem o meu primeiro pilar: uso do ácido hialurônico para sustentação de osso e gordura, devolvendo essas estruturas perdidas e sustentando o rosto com resultado de lifting imediato. O segundo pilar é baseado na consistência da pele em si. Perdemos o colágeno com o passar dos anos, o que vai tornando a pele flácida. Através de bioestimuladores como o Radiesse, uso de fios de sustentação ou ultrassom microfocado trabalho para deixar a pele mais firme e aumentar a produção de colágeno local. O terceiro e último pilar é o mais superficial, é para o tratamento da textura, rugas, manchas e brilho da pele. Este pilar, normalmente, abordo com lasers, como o Fotona e o uso de toxina botulínica para as rugas dinâmicas. Abordando estes três pilares, trato definitivamente, a pele como um todo e não apenas usando o gel de ácido hialurônico, que em excesso pode ter um resultado desastroso. Uma pele bem tratada, e com a abordagem destes pilares em conjunto, vai precisar de muito menos seringas de ácido hialurônico e o resultado será muito mais natural. 

 

Quais os principais riscos desse procedimento?

Ao meu entender todo procedimento médico possui riscos. Por isso, treinamento e formação adequada são fundamentais ao profissional que executa. Durante a minha jornada, me dedico a estudo constante da anatomia facial em cursos no Brasil e exterior e, mesmo assim, sempre tenho  muita cautela e seriedade ao entrar em um procedimento. Um bom injetor, precisa conhecer muito bem a anatomia facial. Acredito que o risco maior deste procedimento, é pela injeção inadequada em áreas vasculares da face, o que pode levar a necrose e perda de tecido permanente pela oclusão vascular. Há também o risco de um resultado inestético, pois a avaliação do profissional e indicação do tratamento é muito particular do médico que a aborda. 
Qual é o futuro da dermatologia estética? 

Eu sou uma amante da dermatologia e da medicina. A cada congresso que vamos, ou publicação de novos artigos, vamos mudando a nossa abordagem com o paciente e trazendo maior refinamento de resultado. É uma especialidade em constante evolução. 

Neste último ano, por exemplo, as tecnologias para o desenvolvimento muscular como o “Z Field”, vieram para ficar. No último congresso da Academia Americana de Dermatologia, que aconteceu em Washington, gostei muito das novidades em fios coreanos com maior durabilidade no tecido, e do uso de lipolíticos mais eficazes para destruição de gordura corporal como o “kybella”, mas ainda não temos data para a chegada no Brasil. Também há uma droga recém aprovada para celulite pelo FDA (Food and Drug Administration): a técnica QWO que consiste em injeções de uma enzima chamada colagenase, que combate a disfunção cutânea de fibras que formam o desconfortável aspecto de casca de laranja. Vamos aguardar!

 

O artigo Conheça os três pilares da harmonização facial foi publicado pelo L'Officiel Brasil.

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