DAS PASSARELAS PARA AS RUAS: BLAZER

Quando falamos sobre desconstruir a ideia de uma roupa ou estética, é importante lembrar que a alfaiataria está entre os preferidos das fashionistas. No caso do blazer, que foi visto, por muito tempo, como uma peça formal, o desafio é ainda mais encantador. A estrutura, que também carrega uma pitada boyish, tem passado por várias adaptações, seja no comprimento, modelagem, material e combinação de detalhes. Sem falar que, graças a essas transformações, ele se tornou ainda mais fácil de ser usado em visuais urbanos e casuais. Ou seja, nada de manter o casaco apenas em produções mais sisudas ou óbvias. Aqui, dois exemplos de como a Cami e eu trouxemos o item para o nosso dia a dia. Ela optou por criar um match superfeminino com alta dose de modernidade, trazendo a calça envernizada azul, a turtle neck terrosa e o truque de styling do blazer com mangas marcadas na altura do dos cotovelos. Já no meu look, um combo elegante e contemporâneo, que conta com um conjunto monocromático cinza + malha em tom clarinho. Aposta ideal para uma proposta workwear.

Já nas coleções apresentadas nas duas últimas temporadas, inspirações a todo vapor! Enquanto a Roberto Cavalli investiu em um mix atlético, com blazer + cycling shorts, a Saint Laurent trouxe uma composição 80’s, que transforma o paletó – de ombros largos e marcantes – em minivestido. Para arrematar, as black tights com poás.

Para a Tibi, a brincadeira de contraste de cores foi o toque essencial para deixar o blazer com ar fun. Já na sempre sofisticada Max Mara, um combo clássico masculino repaginado, que reúne paletó alongado e saia plissada em tecido de tailoring com risca de giz.

O mood oitentista também mostrou sua força no Fall 2019 da Tom Ford. A modelo Mariacarla Boscono surgiu com uma versão em veludo pink saturado para uma estética color blocking poderosa. Para a Burberry, Riccardo Tisci optou pelo casaco com formato tradicional, sem ser alongado ou acinturado, e despertou desejo imediato entre as it-girls. O styling, que traz sobreposições e mistura de estampas, é outro ponto de impacto que vale como referência para ousar nos visuais.

Beijos, Alice.

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