nyleferrari

COMUNICADO. a partir de hoje deixo a minha posição de embaixadora e não tenho qualquer vínculo com a @bancadavegana ou com a ONG @move_institute, que dá sustentação à atuação da Bancada. respeito a trajetória das mulheres à frente do projeto, mas essa decisão foi tomada por discordâncias em relação ao sacrifício de animais em rituais religiosos e sobre a união da luta pelos direitos animais à luta pelos direitos humanos. não endosso de forma alguma as recentes postagens e posturas adotadas pelos perfis.
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na minha visão, não é possível falar sobre o abate de animais em rituais religiosos sem reconhecer a discrepância entre o tratamento que recebem as religiões de matriz africana e outras religiões (religiões dominadoras, diga-se). tanto é verdade que a decisão do STF é uma resposta à tentativa de cercear exclusivamente rituais afro – não o de matar e consumir perus e porcos no natal; ou mesmo o abate de acordo com as leis muçulmanas (halal) ou judaicas (kosher), que geram muito dinheiro pro mercado de exportações brasileiro

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como defensora dos direitos dos animais, é evidente que eu sou contra o abate de animais em qualquer circunstância. mas em um país de DNA racista como o nosso, que acumula séculos de escravidão e opressão à tradição negra, defender os bichos sem considerar o viés racista e a complexidade desse debate é um desrespeito sem tamanho a esse povo
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o veganismo que exclui as demandas das pessoas pretas – ou seja, a maioria – e outros setores marginalizados não tem qualquer chance de libertar os animais de maneira eficaz. precisamos sair da nossa bolha branca alimentada por queijo de castanhas e entender de uma vez por todas a complexidade sociocultural do país onde a gente vive. ou incluímos todo mundo na conversa, ou não tem conversa

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