Os maiores influenciadores de moda e lifestyle do Brasil

Pedro

“Meu nome é Pedro Costa, tenho 23 anos e sou publicitário. Durante toda a minha vida eu gostei muito de moda, na verdade acho que quem gosta de moda está atrelado mesmo que não de uma forma tão direta, por toda a sua vida. Acredito que a moda está dentro do que a gente acredita como expressão de personalidade, não só o conceito geral, mas efetivamente quer dizer quem você é e o que você quer demonstrar para o mundo, que mensagem que você quer passar independente de onde você esteja.

Outra paixão minha desde sempre é pela arte – sabe aquela criança que quando tem o primeiro contato com arte já diz que quer ser pintor? Mas que depois evolui e começa a entender melhor o seu próprio conceito de arte? Isso aconteceu comigo. Fui uma criança que cresceu amando me expressar de alguma maneira, na forma vestida, na forma falada, cantada, demonstrada e pintada. Tudo isso faz parte de quem eu sou e creio que muitos publicitários são assim também, artistas frustrados (risos); pessoas que de alguma maneira queriam se expressar e encontraram na publicidade uma possibilidade de demonstrar suas ideias, sua criatividade. Eu sempre quis por para fora o que eu tenho dentro da minha cabeça e me expressar da melhor maneira possível.

Publicidade é difícil de romantizar, a gente trabalha muito, mas a partir do momento que você enxerga isso como expressão de personalidade tudo muda. Como no meu caso com a Reebok, sei que durante esse um ano que estou com a marca, que dentro de tudo que fiz pra eles, eu coloquei o que eu acredito dentro de comunicação, da arte que é falar por uma marca. Se comunicar assim não é pra qualquer um, passar uma mensagem assim não é pra qualquer um, temos que entender publicidade como uma mensagem a ser passada e não só uma mensagem a ser vendida.”

Falando sobre tênis, quando começou a sua relação com eles?

Eu posso falar quando eu tive a decisão do meu primeiro tênis, que eu pensei “eu quero esse tênis” de verdade, eu tinha por volta de um seis anos. Vocês lembram que durante o intervalo do Castelo Rá-Tim-Bum passavam aquelas propagandas sobre lavar a mão, e tinha uma cena de All-Star, de uma criança amarrando o tênis? Essa foi a primeira escolha de tênis na minha vida. Eu pedi pra minha mãe e foi nesse momento que eu pensei “tênis é muito dahora”. A partir daí virou um ciclo, você vai querendo mais e mais, escolhendo outros e outros.

Na escola eu usava muito Converse e quando cheguei mais na adolescência, eu queria Vans e mais pro terceiro ano eu só queria Jordans. A partir daí, o meu leque de sneakers foi aberto, numa época que eu já estava trabalhando, fazendo faculdade – que ajuda muito.

No final, para muitos sneakerheads o tênis veio através do esporte, já para mim veio por moda mesmo. Eu sempre usei tênis que completava o que eu estava usando de alguma maneira, por exemplo, usava Converse porque gostava de como ele ficava com o meu shorts da escola, depois eu usava o Vans porque eu já gostava mais da calça skinny – isso mostra que o tempo vai passando e você também vai mudando.

Eu sempre falo que meu desafio era ter um tênis de cada marca. Eu comprei um FilaDisruptor esse dias e estou me acostumando a andar com ele, porque é bem alto. Esse Reebok é bem alto, a maioria dos tênis tem sola reta e esses outros tênis que estão lançando agora com sola alta são outra vibe.

Tirando marca, tirando modelo, o que tênis representa para você?

Para mim é composição – só com tênis eu consigo estar com meu full-look, sabe? Às vezes eu estou de coturno ou de sapato, mas eu não me sinto tão eu mesmo do que quando eu estou compondo com um tênis. Eu sou muito de combinar o social com o esporte, misturar estilos e compor de uma maneira muito minha.

A roupa que estou usando hoje por exemplo, se você for avaliar as décadas das roupas, são todas de momentos completamente diferentes. O tênis dos anos 2000, a calça social dos anos 20, um moletom dos anos 90, com uma jaqueta dos anos 80, além da touca e do cinto que são elementos do punk-rock. É uma composição individual muito doida, e às vezes eu não entendo como fica bom, mas fica! (risos).

E por que esse Reebok foi escolhido para a entrevista de hoje?

Primeiro pela história pessoal, o fato de que para quem é apaixonado por tênis, que sempre teve o tênis como forma de expressão e que quando crescem tem a possibilidade de trabalhar com essa marca, não tinha como eu não atrelar essa escolha.

Fazendo parte do time de comunicação deles, eu pude colocar um pouco de mim neles, assim como eles colocam em mim quando eu tinha visto esse tênis. Esse último ano de trabalho que tive com eles mudou minha vida profissional, me trouxe novos e únicos desafios e me fez enxergar moda e comunicação de forma completamente diferente. Foi por isso que fiz essa escolha.

É também um tênis do momento, super futurista e que para mim é uma mistura do passado e o presente num tênis só. Ele conta a história dos anos 90 e do que a gente imaginava como futuro, contando o que a gente vive nas ruas hoje mas com o que na verdade não aconteceu, deu pra entender? (risos).

Além de tudo isso, eu estava com ele nas minhas primeiras reuniões e em tudo que fiz pela Reebok nesse último ano, estava em momentos super importantes.


Reebok InstaPump Fury ACHM
Comprado: 2017
Dono: @pdrfsc
📸 @julioneryy

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